EXPOSIÇÃO 4:5 #1

O quatroporcinco.org e a Fundação Portuguesa das Comunicações, tem o prazer de vos convidar para a inauguração da exposição colectiva dos alunos do curso de projecto fotográfico.

Info:
Fundação Portuguesa das Comunicações, Rua do Instituto Industrial, nº16, Lisboa.
Inauguração dia 8 de Fevereiro às 19h00.

Patente até dia 7 de Março.
Segunda a Sexta das 10h00 às 18h00.
Sábado das 14h00 às 18h00.
Entrada livre.


Os projectos aqui apresentados decorrem da procura de um referente próprio à subjectividade do processo individual de criação. Se num dado momento a imagem fotográfica nos parece facilitada, pelo seu comodismo técnico, tomamos também consciência, com a sua prática, da enorme falácia a que a superfície espelhada do real nos habituou. Indagamos e encontramos apenas o olhar vítreo de um ver sem substância, o acumular de aparências simuladas, um real sem pertença a um imaginário. Neste projecto, procura-se o escape a esta ilusão, uma construção em processo ciente de si mesma e dos outros. Uma comunicação que se quer num Museu que privilegia este acto de diálogo, uma relação de distâncias que se quer próxima, a dos autores/as e a do público, numa heterogeneidade de modos de expor e de modos de ver.

É na disparidade dos assuntos abordados que encontramos a energia colectiva destas representações. Se nas fotografias de Paulo Pedroso, procuramos a transparência da opacidade dos sonhos e do limbo da consciência de si, nas imagens de Ana Melo encontramos a fuga à palidez do lufa-lufa do quotidiano, um recanto de afectos e memórias evanescentes. Joana Carvalho Dias, discorre num mergulho de si mesma sobre a continua transitoriedade da existência e sobre as certezas que nunca o foram, abrindo espaço para Luísa Neves que nos embala numa reflexão introspectiva sobre nós e os outros, um todo à deriva em águas turvas. No trabalho de Margarida Basto, percorremos o lugar da memória e da afeição na estranheza pragmática de objectos estacionários, dando lugar ao espaço do deslumbre e da descoberta de uma fé em produção no projecto de Mafalda Gomes, terminando num percurso sinuoso pelas encostas de uma serra, à procura de uma paisagem de rostos em trânsito nas fotografias de José Carvalho.